30.7.06
 
Comfortably numb

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Felicidade após os 30 é estabelecer limites para sua burrice.

Quando digo burrice me refiro ao que está além dela mesma, à estupidez atrás da porta. Porque a sua, essa que você já conhece, alimentou e convive em harmonia desde que nasceu, essa não tem jeito mizifio. Dê um abraço nela e conforme-se.

E esse tipo específico de asnice é mesmo um caso complexo: precisa de matéria para se desenvolver. Contato, seja lá por qual dos sentidos.

Me refiro, por exemplo, ao sistema propulsor de um motor de helicóptero. Ao sistema propulsor de DOIS motores de um helicóptero funcionando ao mesmo tempo. Me refiro ao curso que aquele fulano teve que fazer para realinhar as lentes do Hubble. Você não precisa entrar em contato com isso só para ter certeza que é um completo inepto no assunto.

Coisas que você sabe que não compreende, que não vai compreender e que você tem plena ciência de que vão continuar ali, além da porta, demarcando a linha divisória entre seu estado atual de mongolice e aquele grande e escuro pântano lá fora, não muito longe.

Nesse aspecto, é reconfortante saber que sua ignorância tem um limite. Basta se manter aí, quietinho no seu canto, que ela será essencialmente a mesma e girando, claro, ao redor de algumas poucas convicções que o definem como indivíduo. Coisas como saber que o Shelby GT500 67 foi o melhor Mustang de todos os tempos, que não dá pra passar a língua sobre qualquer superfície e que Tom Waits está por aí, nos observando.

É justamente por isso que você não precisa saber que muito, mas muito provavelmente, existam não só 3 ou 4 dimensões compondo seu universo. Portanto não há a menor necessidade de você clicar aqui, ir até o menu "navigation" e selecionar "imagining the ten dimensions" para ver uma excelente animação afirmando-lhe que talvez existam até mais de 10.

Felicidade após os 30 é saber onde e quando usar o botão esquerdo do seu mouse.
 

 

26.7.06
 
Overreacting

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Eventos ocorridos há pelo menos 30 anos deveriam ter sido suficientes para botar na minha cachola que quando você externa demais sua afeição por alguma coisa, alguma coisa de ruim vai acontecer com essa alguma coisa.

Isso vai de um extremo ao outro da lista de algumas coisas que merecem apreço. Posso me manter em silêncio todas as vezes que virar uma determinada esquina do centro e admirar pelo retrovisor o contorno de uma fachada - porque isso a manterá em salvaguarda. No dia em que eu mencionar isso aqui, dando a exata localização dessa alguma coisa, alguém vai dinamitá-la.

E repito: isso já deveria estar decorado, tatuado em meus miolos. Então, porque diabos eu ignorei essa lei elementar e comentei tanto sobre uma determinada coisa nos últimos meses? Talvez porque me faltaram sinais da desgraça iminente. Ou porque ignorei solenemente cada um desses sinais. Ou porque andei sem olhos recentemente, quem sabe.

Agora é tarde: Rodrigo Santoro está na terceira temporada de Lost.

for fuck' sake...
 

 

23.7.06
 
Multiverso

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Prêmio do júri num Festival de Cannes desses, idéia absurdamente simples, animação competente e resultado genial.



Flatlife.

Se rio é bom.
 

 

16.7.06
 
Look mom, no cock!

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Ô, cambada...

Se soubesse que iriam utilizar essa frase pra botar em random com as de outros blogueiros eu teria bolado uma com mais palavrões.



hey, i'm bloody cheap, btw. how about a withyourmom t-shirt?
 

 

14.7.06
 
E agora foi

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Neguinho especulando, escarafunchando daqui e dali até que finalmente saiu: a animação-piloto do Screw-On Head está oficialmente na web.



Pra quem não conhece, ele é cria do genial (e um dos únicos desenhistas de HQs que continuo pagando o maior pau) Mike Mignola, também pai do Hellboy. O Screw-On Head, aliás, foi concebido justamente porque o Mignola tava um pouco de saco cheio do universo do capetoso e queria outros ares pra desintoxicar.

Tenha paciência: é o episódio completo com mais de 20 e tantos minutos. Vai demorar alguns segundos pra carregar.
 

 

11.7.06
 
E lá se foi o locão

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Pensei que esse cara já tinha batido as botas há muito tempo.

Nunca gostei de Pink Floyd. Aliás, pelo contrário: sempre que posso procuro evitar chegar perto de qualquer begezice potencialmente perigosa ao bom senso, costumes e higiene corporal. Mas taí um cara que fez essa banda insuportável ser bacana num curtíssimo espaço de tempo (um disco, exatamente, o primeiro) e que portanto terá seu passamento anunciado por aqui.

Dá até vontade de tentar contato com a mãe do defunto. Ter aturado esse biruta por quarenta anos não deve ter sido fácil.
 

 

10.7.06
 
Tomando uma e firmando o pulso

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No último dia 4 subiu ao espaço a missão STS 121 Discovery. Anteontem a Nasa divulgou em seu site algumas imagens do lançamento, provavelmente as mais limpas já noticiadas pelo centro espacial. Essa aqui, por exemplo, chama a atenção pela ininterrupção do take (algo raro, quando levamos em conta as condições a que o aparelho fica exposto) e pela nitidez.

Meu momento preferido é a sombra do rastro que os foguetes de combustível sólido deixam por sobre o oceano conforme a aeronave avança.

Fica a pergunta: que diabos de equipamento esses caras usam para que a gravação não tenha sequer uma leve tremida?
 

 

7.7.06
 
Hasta la vista, tovarich

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Os luboks são gravuras da cultura popular russa - muito parecidas com nossa literatura de cordel - que representavam a principal forma de expressão daquele povo desde meados do século 17 até o início do vigésimo.

Eram vendidos nas ruas e tratavam de quase tudo: lendas, histórias infantis, sátiras de políticos da época, crendices, virtudes e defeitos humanos, datas festivas etc. Foi exatamente por conta desse amplo leque de abordagem que os luboks são considerados hoje uma espécie de espelho da alma daquela sociedade - e também um dos principais responsáveis pela mudança de seu comportamento.

Recentemente um sujeito chamado Andrey Kuznetsov - que até agora não descobri qual sua ligação com esse outro Andrey Kuznetsov (ou se são o mesmo indivíduo) - resolveu dar sua contribuição à quase incontável quantidade de temas que os luboks já abraçaram: criou alguns sobre filmes recentes. Adivinhe a qual blockbuster as gravuras abaixo se referem:







Sentiu-se um gênio, né? Pois então faça o seguinte: me diga quais são, pela ordem, as gravuras 1, 5, 9 e 10 desta página - e as 8 e 15 desta.

Ao que tudo indica, também são filmes conhecidos. Só não sei de qual planeta.
 

 

5.7.06
 
77 dias depois...

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... hoje, outra edição da Quarta do Medo. E outra amostra de que meu set anda bem suavizado ultimamente. Maldita idade da razão...

O VU fica na Manoel Ribas, 146 - em frente ao prédio da antiga Telepar.
 

 

1.7.06
 
0 x 1

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Segundo dados, hoje foi o dia mais quente na Alemanha em anos. Era de se esperar que, entre outras coisas, a temperatura alta da região retirasse o cérebro do Parreira de seu estado de animação suspensa.

Aos 30 minutos do segundo tempo cheguei a pensar que isso tinha ocorrido.



Mas, quando se é um pecilotérmico da natureza acima, raciocínio e velocidade não são exatamente aquilo que os professores elogiavam na sua infância.
 

 


Faltam apenas para o seu mais espetacular acerto de contas contigo mesmo.
TRALHA ENCOSTADA NO CANTO:
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