20.4.04
 
Apelo à razão

(errou. tente aqui, agora)

Meu caro sr. Black Francis:

E aí, como vai? Tudo certinho? Legal. Folgo em sabê-lo. Seguinte: já andaram reclamando desses meus posts longos então tentarei ser o mais breve possível: acabei de voltar do banco onde paguei a módica quantia de CENTO E DEZOITO REAIS pela minha estupidez, digo, pelo meu "passaporte" para os dois dias do CPF, evento esse onde pretendo assistí-lo e à sua banda de apoio, o Catholics. Pois bem. Tendo em vista que a partir de agora já somos quase velhos amigos (não, não pelos CENTO E DEZOITO REAIS que paguei pelo achaque, digo, "passaporte" mas é que eu sempre fui meio folgado mesmo) resolvi que seria uma boa idéia listar para v.sa. algumas sugestões e, também, tentar antecipar outras situações que podem muito bem acontecer num espetáculo dessa magnitude, desse porte, desse valor de CENTO E DEZOITO REAIS, enfim:

- Não posso precisar exatamente em que momento de sua apresentação isso vai ocorrer, mas o fato é que eu e o meu amigo Theo descolamos uma colheitadeira para abrir caminho do nosso lugarzinho no apartheid até a beira do palco. Portanto mantenha-se perto da bateria, a maior parte do tempo. simplesmente não conseguimos descobrir onde é o freio daquela porra.

- Um outro amigo nosso (quieto, introspectivo, um pouco esquisito) tem andado mais estranho que o habitual por esses dias. Alguns dizem que o motivo foi o fato dele não dispor dos CENTO E DEZOITO REAIS para o pagamento da extorsão, digo, "passaporte" para o show, e outros dizem que é pura frescura, etc. Boatos dão conta de que ele passou a fazer exercícios respiratórios, yoga, acupuntura, drenagens linfáticas e palavras cruzadas. Já vimos ele cuidando de um jardim chinês. Também já foi encontrado um recibo de compra de um bicho-preguiça e de um aquário na jaqueta dele. Parece que ele também vai participar da próxima sagração da lua de uma dessas seitas modernas aí. Mas o que me chamou mesmo a atenção foi o rifle de repetição com mira telescópica que ele tinha no porta-malas do carro, semana passada. Sabe duma coisa? Pode ser paranóia minha... mas eu, do alto daquele palco, tomaria o cuidado de dar uma boa olhada em volta antes de começar a tocar.

- Diz uma coisa: por acaso você conhece alguém do Milli Vanilli? Não? E do Technotronic? Pode ser também do Wet, Wet, Wet ou do Wham!, ou do Erasure ou mesmo do Culture Club, sei lá. Sabe o que é: seria o máximo se, depois desse show, os únicos "retornos ao rock’n’roll" em Curitiba se resumissem a essas bandas. Só pra tirar um sarrinho de quem não irá ao CPF, sabe como é, coisinha inocente e tal... Ah, seguindo essa lógica, fique bem longe dos Smiths, cazzo!

- Dá pra pedir só mais uma coisinha? Aliás, duas: 1) tocar "Jerk" do seu primeiro disco solo e 2) não usar camisa de flanela quadriculada? Hm. Ok, eu troco o item 2 por: lá pelas tantas você cruzar os dois braços na altura do peito com as mãos fazendo chifrinhos e dizer "hey, Melinda Rowles, this is ONLY for you:" e em seguida fazer o mais longo solo de air guitar de que já se teve notícia na história recente da humanidade? Pelo menos prometa que vai pensar no assunto.

Qualquer dúvida entre em contato.

Um abraço,

Aitel.
 

 


Faltam apenas para o seu mais espetacular acerto de contas contigo mesmo.
TRALHA ENCOSTADA NO CANTO:
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