Feliz como um passarinho
(errou. tente aqui, agora)
Meus caros. Tomo a liberdade de anunciar (não sem pesar) a oficialidade de algo que - até um tempo atrás - somente dava a impressão de.
Christopher Walken enlouqueceu de vez.
Já era esperado. Ninguém que tenha encarado o que ele encarou, que tenha ido com tanta proficuidade de um extremo excelente (Cães de Guerra, Caminhos Violentos, Franco Atirador) a outro terrível e igualmente indubitável (Sentinela, De Volta Para o Presente, Homeboy, Scam e bota etc. nisso) em sua carreira filmográfica teria conseguido sair dessa bad trip com o juízo intacto.
(Quando não tiverem absolutamente - eu disse ABSOLUTAMENTE - nada para fazer na vida, arrumem o Estranhos Visitantes para dar uma olhada. Aí vão entender em que contexto aplico o "terrível" mencionado acima.)
E o fato finalmente confirma-se aqui, com o Túmulos Com Vista. Assisti sábado, na Cinemateca. Vejam vocês e, se for o caso, me mandem fechar a matraca. Mas não adianta: não acho que seja humanamente possível alguém interpretar de forma tão visivelmente prazerosa um papel tão estúpido.
E, pior que não conseguir classificar esse filme, foi não chegar em nenhuma conclusão satisfatória se podemos aguardar ou não, a partir de agora, algo digno de nota de uma mente tão claramente comprometida. O troço reverteu, por completo. Por uma extrema infelicidade, mr. Walken está agora - definitivamente - à mercê de seus diretores.