Navegar pela rede perto do fim de qualquer ano é um verdadeiro teste de paciência. Esperanças, desejos, considerações idiotas sobre o que passou. Tem gente que medalha sua "experiência de vida" dos últimos meses ao posto de Farol de Alexandria. Ai, meu saco.
Gente chata ao telefone - cuja única razão do número ainda constar em seu aparelho é justamente para alertá-lo contra o atendimento de uma ligação - ali, escorrendo por intermináveis cinco minutos de felicitações.
E o anverso pelo menos é menos tedioso, ainda que bobagem também. Como aquele bando de franceses que há algum tempo protesta contra a entrada de um ano novo. Bobagem por bobagem, pelo menos essa tem cheiro de uísque.
E, falando em encher a cara - e já que o ar estará recheado de citações pelas próximas horas - lhe desejo que sua tatuagem imediata seja algo em torno disso:
"Agora, com a bile do medo em sua barriga, escreva uma cena honesta e única."